sexta-feira, junho 26, 2015

Onde vamos chegar ¿


Trata-se de N.R.S, 43 anos de idade, casada, não tem filhos, nível de escolaridade: ensino fundamental, evangélica, mora com o marido.

Paciente informa que de quatro meses para cá passou a escutar vozes. Isto acontece porque nesta época falou mal dos vizinhos e acha que os mesmos escutaram. As vozes tem cunho persecutório. “Eles falam que estão me filmando e que é para eu ficar esperta”.
Informa que pelo medo de ficar perto dos vizinhos mudou de residência. Apesar do  marido falar que ela estava cismada e que não precisava de se preocupar, a paciente o convenceu a mudar.
As vozes não melhoraram  e agora não toma banho mais nua, não tem relações sexuais com o marido porque as pessoas apesar de estarem longe, certamente estão filmando  o seu dia a dia.

Informa que sempre foi uma criança mais introvertida e que há quatro anos, começou a notar que tinha algumas cismas de pessoas lhe seguindo, gerando medo de sair de casa.
Isto, no entanto não a impedia de sair de casa e nem trabalhar.

Não consigo caracterizar Transtorno depressivo atual e nem passado.
Sem sintomas de TOC e/ou  ansiedade  generalizada.
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Foi ao posto de saúde, sendo atendida por médico (SIC) que não falava a sua língua. Queixou-se do supracitado.
O médico pediu alguns exames que constatou colesterol elevado.
Prescreveu sinvastatina 20 mg à noite e pediu para que ela procurasse um otorrinolaringologista para ver o problema das vozes.
Detalhes:

HF: Diz que mãe surtou, saiu de casa em 1993 e não deu mais notícia. Pai suicidou-se na mesma época se jogando em uma cisterna. Era alcoolista. Irmão pelo que informa, esquizofrênico.

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